Quarenta passos para trás, no caminho lamacento,
Com o sufoco que me aperta a garganta.
Mesmo contra o pior dos cenários eu tento,
Agarrado no fundo, o lamento canta.
A dependência sabe quanto vale o desespero.
E cada vez que penso no que está para trás, temo pelo que está para vir.
Cada um paga pelo seu aperto,
Num preço cada vez mais alto , e o lamento a rir.
De nada vale o que esteja a sentir, não traz nada de novo,
Tudo serve de castigo, na dor que eu promovo.
Dei por mim com a cabeça à roda e com medo.
Perdido, gasto e cansado, no lamento, um brinquedo.