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É já noite.
Marco encontro comigo à hora da escrita, no momento das letras.
Tento sempre ir ao seu encontro, naquele momento onde o pensamento troca de turno e aparece-me aqui, em contra-mão com a acção e a pressa das horas, do dia que já vai longo e que se deita a meu lado.
Fecho os olhos e não durmo, encosto a cabeça ao chão e fico atento.
É agora. É agora que vem tudo. É agora que recordo o todos os minutos que se atropelam por um pouco mais do protagonismo que proporcionaram. Do que se disse e ficou por dizer. Do que se fez e devia ter feito.
Neste momento a razão toma parte.
Vou dormir e dar lugar ao sonho para espreitar o outro lado.
Não penses mais e agora foge. Deixa que eu te leve e liberta tudo. Estravaza, voa, corre e luta, que enquanto dormes eu tomo conta de ti.
O sonho falou e a razão adormeceu.
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